Olá fãs do Michael!!!
Uma das "comentaristas" do blog do Tony Ramos (http://tony15007.wordpress.com/) escreveu essa "teoria" e eu achei muito inteligente... É compridinha mas vale a pena ler...
"Venho pensando no que cada um que posta neste blog pensa a respeito de Michael Jackson, o que o levou à situação atual e se acredita que ele voltará (estou falando daqueles que, como eu, não tem qualquer dúvida, por menor que seja, de que ele está mais vivo do que nós). Fiquei pensando em falar sobre isso e, por coincidência, a Soldier me fez uma pergunta no mesmo dia, exatamente sobre isso (coincidência?).
Como eu já disse, o assunto nos chamou a atenção, evidentemente, porque somos seus fãs, mas o que nos prende – ao menos a parte da “população” do blog – não foi o luto, como muitos pensam. Algumas pessoas têm o péssimo hábito de dar suas opiniões sem ler ou se informar e daí já li em outros lugares que quem acha que ele está vivo são os fãs em negação, que isso também aconteceu com Elvis, que as teorias conspiratórias sempre existem. Discordo, Michael faz parte das exceções, porque na maior parte das vezes, pessoas famosas morrem e ninguém questiona, por mais que os admire. Excelente exemplo: Ayrton Senna, a quem eu considero, até hoje, um modelo de ser humano. Sofri com sua morte, mas, jamais a questionei porque tudo foi tão claro, a dor da família era tão evidente, os fatos que se seguiram foram tão naturais, que não havia o que discutir.
Então, estamos falando de inconformismo, não de fãs, mas, sim, de pessoas que pensam e analisam e vêem que, nesse caso de Michael, nada encaixa.
Pensei muito e acredito, realmente, que a razão maior de tudo isso foi a “morte” que havia começado em 1.993, quando Evan Chandler (que hoje, dia 17, foi encontrado morto) o acusou de ter molestado seu filho. No final, tudo se resolveu com o pagamento de indenização milionária, mas a imagem de Michael nunca mais foi a mesma. Até então, ele era considerado excêntrico, mas tudo dentro do aceitável.
Fato é que, pelo que se sabe, em razão daquela acusação, Michael perdeu o contrato com a Pepsi (e sabe-se lá mais quantos). E daí, começou o declínio daquele que foi o rei do mundo. Quando, anos mais tarde, veio nova acusação, sua vida virou de pernas para o ar. Ele deixou de ser Michael Jackson, o artista fenômeno, conhecido desde criança, para virar motivo de chacota, apenas. Se, para nós, comuns mortais, a imagem faz parte do patrimônio pessoal, para Michael, a imagem faz parte de um patrimônio zilionário, pode gerar ou impedir a entrada de dólares. Então, a questão não era só de orgulho.
Penso que o primeiro motivo dessa “morte” foi a tentativa de recuperar a imagem.
Lembro-me, por exemplo, de algumas situações que vi em filmes ou seriados ou desenhos:
- Todo Mundo em Pânico 3 – o personagem de Charlie Sheen sai procurando por sua filha, desaparecida, e, desesperado, chega ao quarto de “Michael Jackson”. Quando o vê, ele não tem dúvidas: agarra-o pelo colarinho e pergunta o que ele havia feito com a criança, chamando-o de tarado. “Michael”, então, olha pra ele e diz: “Eu não fiz nada com ela, juro. Afinal, ela é uma menina”.
- Uma Família da Pesada – o personagem Stwie, um menino pequeno, num dos episódios, canta uma canção que, num trecho diz o seguinte: “Quando Michael Jackson quer relaxar, paga garotos como eu”. Enquanto isso, a imagem é de Michael deitado numa cama, sem roupas, coberto com o lençol até a cintura, com os braços cruzados atrás da cabeça, e o menino deitado ao seu lado.
- Uma Família da Pesada – julgamento de Michael Jackson, em que um menino, a vítima, é perguntado se é verdade que foi “tocado” por ele, ao que o garoto responde que sim. Daí, ele chora e diz que o pior é que Michael não mais lhe telefonou.
- Super heróis, a Liga da Injustiça – os personagens principais, em fuga, encontram o carro de Speed Racer e quando já iam sair com ele, ouvem um barulho no porta-malas. Abrem e se deparam com “Michael Jackson” trancado lá, junto com o irmãozinho de Speed e o macaquinho dele.
- Eminen, há alguns anos, lançou um clipe em que aparece vestido como Michael, sentado, na beira de uma cama, com alguns garotos pulando sobre ela (informação importante: Eminen era amigo de Michael e por causa desse clipe, foi processado por ele)
Pesado, não? Nojento, não? Pensam que é só? Bem, então, em época mais recente, ainda:
- Saturday Night Live no final do ano de 2.008, quando já anunciada a turnê This Is It – um “apresentador de telejornal” noticia que Prince 1 se apresentaria na turnê e diz que esperava-se que, no palco, Prince apontasse para o pai e falasse ao policial: “Foi ele!”.
Isso é só uma pequena amostra do verdadeiro linchamento moral feito nos últimos anos. Em consequência, ficou “plantado” no inconsciente coletivo que Michael era, mesmo, pedófilo e “esquisito”. As notícias a respeito dele, antes da “morte”, eram recheadas de deboche, como, por exemplo, a que falou sobre a presença dele na festa de aniversário de Audigier, em 2008, intitulada “Michael Jackson está vivo”. Sua autora, dizia que, na festa, as pessoas o aplaudiram e perguntava por que as pessoas ficam tão agitadas na presença de Michael. E ela mesma respondia com nova pergunta: será que pensam que o nariz dele vai cair?
Outro, dizia que Michael iria retornar com nova turnê e que seria diferente das anteriores e arrematava: “Ainda bem, porque ninguém mais agüenta aqueles gritinhos”.
Combinou-se que Michael era merecedor de todo o tipo de escárnio, de agressão, de ofensas, era o saco de pancadas perfeito e que merecia tudo isso. Tudo, evidentemente, causado pela inveja que o ser humano carrega dentro de si e que, se não cuidar, deixa aflorar. Imagine: como é que ele ousa pensar que é o máximo?
Imaginem o que é passar por isso durante anos. E, mesmo assim, continuar criando… Pra quem não sabe, durante esses últimos anos, Michael gravou, pelo menos, dois álbuns, um só de músicas inéditas e outro, ao que se diz, instrumental. Ambos são considerados os melhores de sua carreira, por ele mesmo e pelos que participaram.
Sim, Michael continuou a ser o que é, mesmo: o gênio que só sabe fazer coisas lindas. Sabem a flor de lótus? Aquela que nasce em águas lodosas? Pois é, é por aí. Só que Michael não é só artista: ele é, também, um genial homem de negócios, mega super bem sucedido, que já foi até onde outros nem sonharam.
Então, ele se lembrou do álbum Invencible, que, na sua opinião, era melhor que Thriller (imagine um álbum melhor do que Thriller na opinião de ninguém menos que Michael Jackson) e que foi um completo fracasso de vendas, por culpa, única e exclusiva, do boicote que lhe impôs Tonny Mottolla.
Ele sabia que tinha que lançar seu novo trabalho (que também é considerado por ele ainda melhor do que tudo o que já fez) e viu como estava sua imagem e a disposição das pessoas em destruí-lo. E, como gênio que é, pensou na única solução possível para limpar a sua imagem. Ele, conhecedor da natureza humana, sabe que, depois de mortas, as pessoas são, enfim, valorizadas, até pelos medíocres que as criticaram a vida toda.
E daí nasceu o seu plano.
Com a imagem limpa e repentinamente catapultado ao seu lugar verdadeiro, de ícone de, pelo menos, duas gerações, agora, Michael está pronto para lançar seus novos trabalhos.
Agora, ele sabe que todos ouvirão seus álbuns somente avaliando o seu trabalho e não o achincalhando. Agora, ele voltou a ser Michael Jackson, e não o pedófilo, repentinamente branco, de nariz que pode cair a qualquer momento. Agora ele sabe que os idiotas e medíocres de plantão não podem, mais, dizer as sandices que diziam, ainda que saibam que ele vive (se é que são capazes de pensar). Ele sabe que, mesmo os seus opositores têm que reconhecer a sua genialidade e o sucesso de seu plano.
Agora, ele pode por o dedo à frente do nariz e fazer: SSSSSHHHHHHH…….
Enfim, penso que estamos, mesmo, num grande filme, escrito, produzido e dirigido por Michael Jackson e estrelado por todos nós. Aliás, depois que cheguei a essa conclusão, soube que já existia essa teoria do filme, então vi que eu não era a única louca.
Bom, agora, depois de tudo isso, já sabemos, porque nos foi “providencialmente” informado, que:
- existem mais de cem músicas inéditas, prontas.
- existem mais de cem horas de gravação de ensaios;
- existem imagens em 3D, prontas para serem usadas;
- existem filmes com os quais é, praticamente, possível interagir.
Então, temos uma conclusão: existe material para, pelo menos, dez anos de “lançamentos” de álbuns, clipes, DVDs, filmes. A Sony já anuncia um segundo filme, na esteira de This Is It. A este, possivelmente, se seguirão outros tantos.
O material existente… bem, existe, talvez não nessa quantidade, mas um pouquinho. Mas, de qualquer forma, ele se multiplicará, teremos 300 músicas, 300 horas de ensaios, etc. Claro, estamos, ainda, no meio do espetáculo, as coisas estão acontecendo e Michael (benza-o Deus), ainda tem muita energia para produzir mais.
Mensagens? Eu, sinceramente, vejo poucas, sou muito pragmática (até demais), e bem “burrinha” para certas coisas: não vejo significado em borboletas, aranhas, cartazes de mágicos, cartaz de filme (por que está de costas e não de frente), etc (desculpem aqueles que vêem, mas é verdade, não vejo). Acho que ele está de costas no cartaz, por exemplo, porque ele está de costas no cartaz. Porque a idéia foi essa, porque essa imagem dá a noção de que ele está indo embora, combinandinho com o título do filme. Vejo, sim, porque não sou cega, sinais claros e evidentes: trechos de filme onde o personagem forja a própria morte, declaração em alto e bom som ao final de um filme, de que “eu vou voltar no meu tempo”, declaração de final de DVD, de que “nunca me diverti tanto”. Vejo, sim, a presença constante de imagens do Liberian Girl, a frase “eu estou vivo …” em pleno funeral. Bem, não é vantagem nenhuma, porque ele quase desenhou o que queria dizer (Michael, I’m sorry, sweet heart, mas gosto de mensagens escritas em letras garrafais, de preferência, em neon. As outras, se você escreveu, desculpe, não li e não lerei, porque senão essa “viagem” não acaba nunca e eu tenho limites de tolerância até com minhas esquisitices, que dirá com a dos outros).
Esteja eu certa ou errada, uma coisa é certa: não temos como prever se ele voltará e quando. Pelo andar da carruagem, arrisco um palpite: não voltará, mais, com essa imagem. Aliás, defendo essa idéia há tempos, mas fiquei um tempo na dúvida. E, mais, ELE JÁ PODE ESTAR POR AÍ, só que com outra imagem e outro nome. E enquanto nós ficamos com os olhos pregados nos twitters e facebooks da vida, aguardando uma data anunciada, ele pode estar nos dando tchauzinho da nossa tela da TV.
Por que acho que ele não voltará? Por causa da grande quantidade de material, que servirá para muitos anos, sem necessidade de retorno, de turnês (que ele não quer mais fazer), de explicações, de processos de indenização pelos mais variados motivos, etc.
E por que há tanta gente importante envolvida? Porque, crianças, Michael é “só” um dos homens mais influentes do nosso planetinha, amigo de sheiks do petróleo, de reis e princesas e de presidentes dos cinco continentes. Quem, de valor, não o ama? Quem, devidamente informado de motivos relevantes, não o ajudariam nessa empreitada, mesmo sem qualquer proveito pessoal?
E, justamente, pelo envolvimento dessas pessoas e para não complicá-las é que eu acredito que o mais provável é que ele não volte, mais, como Michael Jackson.
Então, pessoal, proponho que a gente pare, respire fundo e não conte, mais os dias que faltam para o dia 25 de novembro, para o Natal, para o Ano Novo, para junho de 2.010, enfim, para um possível retorno. Claro, se ele voltar, maravilha. Mas vamos, agora, olhar em volta e ver se não surgiu alguém, até então desconhecido, fazendo filmes, músicas, coisas maravilhosas para nos encantar? Lembram da tática do ilusionista? Chamar a atenção para um ponto, enquanto a mágica acontece em outro? Vocês conhecem alguém que adora truques de mágica?
Essa é a minha opinião, pessoal. Posso estar errada e alguma coisa, em muita coisa ou em tudo, mas posso, também, estar certa. Então, eu gostaria, imensamente, de saber a de vocês.
Beijocas
Andréa Duarte"
By: MJJ
